2013 - Casablanca, Marrocos
Depois de um pequeno hiato por motivos de correria, voltamos à nossa programação de desafio de viagens com a minha primeira (e, por enquanto, única) visita ao continente africano.
Apesar de não ser a capital, Casablanca é a cidade mais famosa e populosa do país, título de uma das maiores produções cinematográficas de todos os tempos e lar da Mesquita Hassan II, a mais alta do mundo e a segunda maior em espaço. A arquitetura da grandiosa Mesquita tem influência francesa e marroquina, com mosaicos de azulejos pintados à mão de tirar o fôlego, e é uma das poucas ao redor do mundo que aceita visitantes não-muçulmanos.
Nos souks (mercados de produtos locais), uma profusão de aromas, cores, tecidos, objetos, comidas, especiarias... me lembro que fiquei obcecada, como boa disneymaníaca que sou, quando vi, nas tendas e lojas, algumas lâmpadas à venda bem similares à do Aladdin. Na última parada, antes de ir embora, cismei porque cismei que ia comprar uma.
Se a lâmpada foi uma lembrança memorável dessa viagem, a experiência de comprá-la foi mais ainda: nos souks, o ato de pechinchar as mercadorias é uma prática não apenas aceitável, mas estimulada. Na realidade, comprar algo pelo preço inicialmente proposto (que começa lá em cima) sem questionamentos é praticamente uma ofensa.
Se a negociação chegar ao ponto de você dizer que não tem acordo e sair bufando da tenda (que foi o que fiz tal como me orientaram), o vendedor sai correndo atrás, te chamando de volta, resignado... e, neste momento, você passa a ser visto como um verdadeiro mestre da arte de negociação.
Depois de ter passado por esse ritual típico e peculiar, fomos embora. Infelizmente, a lâmpada que comprei não era morada de um gênio que pudesse realizar três dos meus maiores desejos.
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